[RP +18] You've awoken me, but you're choking me I was so obsessed

Estar na Ilha Iwarim com Nagi era… uma coisa engraçada. Em geral, os membros da família real estavam ali quando não estavam no palácio. Embora ela não tivesse entendido ainda como funcionavam as ilhas. Como havia se casado com Nagi no começo do verão, agora que estavam no ápice, haviam ido passar um tempo em Iwarim. Estavam na última semana do recesso escolar. E Hanbyeol achava que já estaria grávida àquela altura do campeonato, mas ainda não tivera sinal algum de gravidez. O que não era, de todo, incomum.

Estava no deque de madeira clara com os pés apoiados nas pedras frias e escorregadias pelo movimento das águas. Sabia que era seguro nadar ali porque, bem, havia o deque. Mas ela se via fugindo de Nagi, sutilmente para não magoá-lo, mais vezes do que esperaria fugir dele. Seus olhos ficaram presos no horizonte enquanto sentia a pele esquentar com o calor que vinha de dentro de seu peito. Não havia ninguém de pé aquela hora, mas a água estava… morna. Agradável depois do dia de sol intenso que havia feito no dia anterior.

Se pegava pensando em Nagi. Nos beijos dele. Vinham dormindo abraçados desde que ela tivera a dor no peito… ele a havia acompanhado até O Instituto. Havia levado-a ao cinema e visto com ela muitos dos filmes que havia sugerido em sua lista. E ela havia falado com sua mãe três dias antes de chegarem na ilha. Só para a mulher lhe jogar um balde de água fria. “Está apaixonada? Menina burra, como pode dar seu coração pra um homem? Não vê o que ele vai fazer com você?”, fora exatamente o que ela dissera. E Hanbyeol ainda não havia digerido toda a situação.

Apaixonada por Nagi.

A ideia lhe causava certo receio, mas parecia certo se apaixonar por seu marido quando estava com ele. Nagi era bom para si, fazia o que podia para entendê-la e deixar feliz. Por que ela não podia se apaixonar por ele?! Ele a assegurara que não queria outra mulher.

Não conseguiu não chorar, processando tudo que vinha reprimindo desde a conversa. Agradecendo a própria perspicácia em ter pedido aos guardas que não a seguissem, apenas ficassem onde costumavam ficar, que era longe do deque para não ver as princesas em roupa de banho, usualmente. Se sentiria ridícula se fosse pega chorando por qualquer um deles.

A verdade é que queria ficar apaixonada por seu marido. Porque ele era seu marido. E haviam trocado votos. E parecia certo.

O calor de frustração que vinha de seu interior, em algum momento, começou a dar lugar ao calor do sol que apontava os primeiros indícios de que viria outra vez. Será que algum dia o sol pararia de nascer? Explodiria? Gaia iria junto? Ela não sabia bem a resposta para nada daquilo. Esperava que se acontecesse, não estivesse viva para ver.

De todo modo, os primeiros raios do dia não lhe eram surpresa. Já estavam mesmo para sair quando ela havia escapulido para andar por ali. Talvez devesse ficar ali de novo depois de tomar café, enquanto Nagi cumpria suas responsabilidades de príncipe. Certo? A voz dele atrás de si a fez de virar de súbito, mas apenas sorriu para o mais velho, o acompanhando com o olhar até que ele estivesse ao seu lado. — Só estou chateada com sua sogra e com aquela boca enorme que ela tem. Pelo visto, não adianta muito dizer a ela que pare de trabalhar e que posso cuidar dela… mulher amarga. — resmungou a última parte no dialeto que a mulher lhe ensinara. Se Hanbyeol era burra, ela era amarga.

— Desculpe. Só precisava explodir sozinha um pouco — sussurrou, deitando a cabeça no ombro do príncipe. Não admitiria para ele que estava apaixonada. Era aquilo. Se dizer em voz alta estragaria tudo, morreria com a boca bem fechada. — Dormiu bem? — deixou que sua mão alcançasse a do mais velho, acariciando a pele macia enquanto balançava os pés dentro da água — Você… sabe nadar? Aqui… é seguro para nadar? Parece raso o suficiente para ir e voltar, mas sei que o oceano é meio perigoso… — virou o rosto para olhá-lo, com o queixo ainda apoiada no ombro dele. Sentia-se vesga, ele estava perto demais.

Então, meio a contragosto, se afastou para olhá-lo melhor. Sorrindo com a visão que tinha de que Nagi era realmente muito bonito.

— Pode ser honesto. Você não gostou dela mesmo, não é? — murmurou com um pequeno sorriso, sentindo o afago dele com uma felicidade genuína. — Mas que bom que está tudo bem, fiquei preocupada. Ainda é muito cedo e você já está de pé… — murmurou com uma pequena ruga se formando em sua testa. Ela sempre se preocupava com Nagi, mas atualmente parecia se preocupar mais do que o recomendado. O usual. O esperado. Ela só se preocupava com ele porque não queria mesmo perder a chance de conhecê-lo melhor, ele vinha sendo um bom amigo.

— Não dormi muito, na verdade. Ela estava me perturbando. Mas tudo bem. Mesmo. — murmurou com um meio sorriso. — Acho que vou dormir melhor a partir desta noite. — sussurrou, pensando em como poderia finalmente voltar a relaxar nos braços de seu marido durante as noites de sono.

— Hm… — ponderou, acariciando os dedos dele com delicadeza. — Quero! Mas… vamos molhar demais o piso se entrarmos com as roupas… — ponderou. E talvez não devesse ter feito aquilo, mas levantou-se e tirou o roupão, dobrando-o e o colocando sobre o piso de madeira. Fez o mesmo com a camisola e a sua roupa íntima. O prendedor de cabelo fez peso para evitar que o vento levasse a roupa fina embora. — Ainda bem que eu disse pra ninguém vir aqui… — piscou para Nagi, rindo baixinho enquanto cobria os seios com os braços.

O ar ainda estava frio. Mas ela queria mesmo mergulhar com ele.

— Ela é bastante desagradável… talvez eu deva cuidar dela sem, de fato, me envolver tanto. Ela está começando a me deixar chateada. — resmungou com um bico nos lábios, não sabia porque a ideia de não poder se apaixonar por Nagi a deixava tão irritada. Ela não ligava para aquilo antes de se casar. Estar ou não apaixonada por seu marido nunca fora uma questão, ela sabia que não iria. Até começar a conhecê-lo e achar uma estupidez nem mesmo poder decidir por si mesma. — Hm?! Eu não conseguia mais ficar deitada depois que acordei então, vim até aqui… — deixou um beijo delicado na palma do mais velho e o olhou com um pequeno sorriso.

— Eu sei! Você vai me fazer ser uma princesa chata se ficar tentando dar uma solução para todos os meus problemas… vou acabar mimada — fingiu estar contrariada ao resmungar, mas sabia bem que não mudaria porque Nagi a mimava tanto. E ela gostava da preocupação dele… era doce. Como o mais velho.

A maneira como ele sequer pareceu piscar para considerar se ficar nu com ela ali era boa ideia ou não a fez rir nervosamente. Mas apenas deu uma segunda olhada para as roupas antes de segurar a mão dele e entrar na água com cuidado. Gritos curtos e finos saindo de sua boca como se tentasse expulsar o frio da superfície da água. O fundo parecia um pouco mais agradável em temperatura, no entanto.

Parou quando a água estava em sua cintura, escondendo o rosto no ombro de seu marido com um misto de murmúrio e risada. — Parecia mais quente quando eu estava só com os pés… mas também não parece tão fria… é que o vento está gelado — e contra aquilo não poderia argumentar, já que até seus mamilos estavam arrepiados. Então, apenas abraçou a cintura de Nagi, tentando se manter perto dele como se o mais velho pudesse espantar o frio que sentia por completo.

Era verdade, ela estava mesmo pensando que se afastar seria melhor para sua sanidade mental. Mas não queria mais pensar na mulher. Não depois de chorar toda sua frustração, agora estava bem até a próxima crise. Certo? Certo!

— Eh?! Nagi! — acabou rindo, sentindo-se realmente feliz com a constatação de que não estava maluca. Ele a agradava tanto, que às vezes ela até se sentia desconfiada. Mas ali estava ele, admitindo que queria mesmo mimá-la. E ela gostava tanto da ideia que queria apenas enchê-lo de beijos pelo rosto. O pensamento lhe trouxe um calor agradável no peito. Com ele, poderia ser o mais livre do que havia sido em toda sua vida. — Tenho você… então, é o suficiente. E você já faz muito mais do que eu esperava, não posso ser gananciosa e querer mais… — sussurrou, alisando o rosto dele com as costas da mão.

Se não havia mentido para ele de começo, não começaria a mentir agora. Adorava a companhia dele, como de um velho amigo, ansiava por passar os dias com ele. E ser feliz, sentir-se leve… se aquilo era estar apaixonada, continuaria. Seus livros clássicos, no entanto, lhe diziam que paixão e amor eram diferentes e sua resposta variaria com a maneira como Nagi cultivaria sua paixão.

Os risos curtos do mais velho lhe faziam sorrir também e ela quase o estava escalando para fugir da água gelada. Então, concordou com ele e lhe deu um beijo, demorado e caloroso, sentindo sua boca como se o beijasse pela primeira vez. Levou as mãos, frias por causa da água, até a nuca de Nagi, acariciando seu cabelo antes de afastar com um sorrisinho travesso e começar a caminhar para a parte mais funda, pouco se importando que seu cabelo estava flutuando por ali. — Se o cabelo flutua porque é mais leve que a água… e a água pode flutuar um ser humano… então… flutua… — sua expressão, um misto de curiosidade e travessura, acompanhava seus pensamentos, ao passo que sua mão apontava para uma zona mais ao sul do corpo de Nagi, zona coberta pela água — não é estranho ficar pelado, pra você? Não… flutua também? É a mesma coisa de quando… fica duro…?

Ela apenas sorriu para ele, alisando delicadamente a maçã de seu rosto com o polegar. — Tudo bem. Vou continuar não sendo gananciosa. — murmurou, olhando-o com gentileza. Se pegou pensando se Nagi já havia se apaixonado alguma vez. E pensou que talvez não quisesse saber. Queria ser a única mulher que importava para Nagi além de sua mãe e irmãs.

E não queria tê-lo soltado. Mas também queria brincar com ele um pouco. A resposta dele para sua pergunta, no entanto, a fez estreitar os olhos, nadando ao redor dele, como um tubarão que rodeia a presa, com apenas o pescoço e a cabeça de fora.  Então, se aproximou dele pela frente, apoiando os pés para ficar de pé na frente dele, agarrando o membro do mais velho com firmeza.

Olhou-o nos olhos com um sorriso discreto, pressionando suavemente a cabeça com a palma da mão, ao aproximar o rosto com o dele o suficiente para fazê-lo sentir sua respiração. — E então, alteza? Na verdade… não me parece culpa da água agora. Então, não tenho bem como saber… — murmurou, alargando o sorriso um pouco mais. Lembrando-se da conversa no instituto, deslizou a mão até a base, encaixando-o entre suas pernas.

Não iria transar com ele dentro da água salgada… mas se ele quisesse ir para o deque… ou qualquer outro lugar onde ela não acabasse com água salgada dentro de si, ela provavelmente toparia. Ainda assim, se segurou no mais velho com ambas mãos em seus ombros, movimentando a cintura em um rebolado lento.

Talvez nem fizesse nada, de fato, além de deixar o mais velho desejando que fizesse algo.

— Tudo bem… vou imaginar, então… — murmurou com um sorrisinho travesso nos lábios. Gostara de ver que podia surtir efeito em Nagi daquele jeito. Vinha tentando não ficar tão tímida, ao menos com ele. Ao menos quando estavam transando. Porque ela queria aproveitar… Nagi sempre parecia aproveitar mais quando ela participava mais ativamente da situação. E ela gostava que ele se sentisse bem.

Ouvi-lo chamando seu nome fez com que um arrepio quente descesse por seu corpo e as mãos dele em sua bunda lhe arrancaram um gemido alto o suficiente para ele ouvir. Mas nada que alertasse alguém que passasse por ali. Subiu a destra para a nuca do príncipe, enrolando os dedos nos fios compridos do mais velho com um sorrisinho sem vergonha em seus lábios, olhando-o como se o desafiasse a pará-la, quase sabendo que o pobre príncipe provavelmente tinha tão pouca vontade de ficar longe de si quanto ela tinha pouca vontade em estar longe dele.

A voz rouca chamando por ela lhe arrancou um misto de riso e gemido, fazendo-a apertar sutilmente as pernas ao redor dele. — Você quer? Acho que a gente devia tomar um banho juntos… em água doce… — sussurrou com a voz fraca, gemendo com certa manha. — Mas podemos começar aqui fora se quiser… uma rodada. — sussurrou em resposta, puxando o ar pela boca em uma tentativa de manter algum fio de sanidade. Nagi era gato demais para seu gosto.

O segundo aperto lhe arrancou um gemido um pouco mais alto, fazendo-a puxar levemente o cabelo do mais velho, sem parar de mover a cintura devagar. Buscou pela boca de seu marido, lhe dando um beijo curto, suave, e rápido antes de sussurrar. — Acho que é melhor a gente escolher um lugar mais firme, ao menos… por segurança. — alisou o rosto dele com a mão livre, olhando-o com atenção.

Estava tão colada em Nagi quanto seria possível, seu corpo estava tão quente que ela sequer sentia qualquer frio da água ou vento ao seu redor. — Perto da cachoeira? Eu estava pensando mais… no nosso banheiro. — murmurou entre um gemido baixo e outro, mas o aperto do mais velho em sua bunda outra vez a fez inclinar a cabeça para trás, gemendo mais alto do que seria recomendado.

Enlaçou as pernas na cintura dele, firmando-se em Nagi com toda a força que tinha nos braços. Se segurou nele ao sentir-se sobre o deque e retribuiu o beijo com desejo. Queria mais de Nagi a cada segundo que passava e a mão dele entre suas pernas a fez gemer contra os lábios do príncipe. Apoiou um dos pés sobre o deque para dar melhor acesso ao mais velho para aquele ponto em específico de seu corpo. A pergunta dele quase não alcançando seus ouvidos por causa da excitação. — Acho que acabei de perceber. — sussurrou em resposta, apoiando as mãos sobre o deque ao seu lado. Estava exposta a ele de uma maneira que, pensava, nunca havia estado. Era pleno sol, fora das paredes do castelo, o ar frio cobria sua pele úmida e ali estava ela. Aberta para que Nagi pudesse ver o que quisesse.

— A gente não devia se esgueirar por entre as árvores? Para um lugar um pouco escondido…? — o questionou em um murmúrio manhoso, inclinando um pouco a cabeça para olhá-lo com atenção enquanto seu rosto ia cada vez mais para baixo. Levou uma das mãos até o topo de sua cabeça, massageando-a com delicadeza, fazendo questão de não guardar nenhum de seus gemidos para si. O queria mais do que parecia saudável e seu corpo queimava com a ideia de tê-lo. Como sempre acontecia.

Nunca, em mil anos, se imaginara tão submissa, de boa vontade, e tão receptiva a se expor para ele daquela maneira. Mas ali estava.

— Acho que deveríamos ao menos tirar o sal do corpo… — arfou em meio ao contato quente do maior com sua pele. Estava tão pronta para seu marido que estava em agonia. O chamou baixinho, sentindo que, de repente, o peso de seu tronco era quase demais para sustentar. Parecia derreter sob os toques de Nagi, como se fosse feita de gelo e ele fosse a fonte de calor mais potente do universo.

Sentir o dedo dele em seu interior lhe arrancou um gemido alto, que ela pouco se preocupou em esconder de qualquer passante que estivesse próximo o suficiente. Estava bem aquecida, por isso, fez que não para a pergunta de seu marido. Seus dedos se afundando mais entre os fios de cabelo do mais velho enquanto ela cedia aos poucos para se deitar sobre a madeira quente do deque. Estava se liquefazendo, tinha certeza daquilo.

A boca dele entre suas pernas causou uma reação quase automática em seu corpo, fazendo-a puxá-lo para mais perto de si, mantendo-o onde estava enquanto afagava sua cabeça. Queria poder fazer aquilo nele, colocar a boca em seu pau. Mas ele parecia não lhe dar oportunidade, já que sempre se desfazia antes mesmo de ter a chance de fazer algo por ele. Faria mal que estivessem com sal no corpo se fossem até o fim? Parecia uma preocupação válida, mesmo que sua mente pouco se fixasse naquilo.

O chamou com a voz rouca por entre os gemidos, voltando a se sentar com algum esforço. Buscou pelos olhos do príncipe, gostando de vê-lo ali o suficiente para sorrir com a visão, mordendo o inferior para abafar os gemidos. — Me deixe fazer por você… — sussurrou, inclinando a cabeça para inspirar o ar profundamente. — Por favor…

O beijo dele era, de forma honesta, uma das coisas que mais lhe agradava. Porque cabia quando ele a confortava sempre que estava se sentindo mal. E cabia em momentos como aquele.

Ela podia, de maneira honesta, se perder nos olhos - e no sorriso - de Nagi, mesmo em momentos como aquele. A constatação a surpreendeu, no entanto. — Mas eu estou salgada… e você não se importou… — soltou em meio a um gemido que abafara com as costas da própria mão. Inclinou-se o suficiente para beijá-lo outra vez. A canhota delicadamente acariciando a nuca e a cabeça do mais velho enquanto usava a destra indicar de maneira gentil que ele retirasse os dedos de dentro dela.

Queria mesmo nadar com ele. Havia pensado por muito tempo que queria nadar. Por que de repente estavam transando? E agora, ela o queria. — Eu… quero ficar com você. Mas também quero nadar… e ouvi os outros falando do rio. — murmurou ao se afastar dele minimamente, encostando sua testa na dele como se aquilo fosse ajudá-la a pensar. — Acho que vou ter que andar vendada já que essa sua carinha bonitinha facilmente me faz perder a linha… — era verdade. Mas mesmo se ficasse cega, Hanbyeol ainda cederia aos toques dele.

Deslizou para dentro da água outra vez, beijando o pescoço do mais velho com delicadeza. — Podemos pegar nossas coisas… ir até o rio… você não vai mais estar salgado. E acho que fico com menos medo de sermos vistos. — sussurrou com uma pequena risada saindo por seus lábios. Estava feliz com ele, mesmo naquela situação. Enquanto seu rosto queimava de vergonha com a possibilidade de terem sido ouvidos.

Amava Nagi. Talvez nunca admitisse em voz alta. Mas aquilo que sentia por ele devia ser amor, ainda que fosse complicado afirmar. Nunca havia amado, ou sido amada, antes.

— Hm? Tudo bem… se é assim, então podemos igualar as coisas. A gente tira o sal de você… — olhou-o com uma expressão divertida, um sorriso sem dentes em seus lábios. Queria estar com ele pelo resto da vida, mais do nunca, pensar em tudo que havia repetido mil vezes em sua mente depois do que sua mãe dissera, a deixava mais obcecada por ele.

— Pode?! Mas não sei se resolve… acho que mesmo se eu ficar cega, ainda sei como é a sua carinha. — fez um bico, genuinamente pensativa sobre o assunto. A intenção de Nagi passando direto por cima de sua cabeça naquela altura. Um dia, talvez, ela chegasse onde ele estava.

— A gente tem de se vestir pra ir? Ah, não… não gosto de roupa molhada. — resmungou, beijando o pescoço do mais velho. Mas a verdade era que não queria solta-lo naquele momento. Queria ficar abraçada com ele mais um pouco, porque sentia que estava recebendo outra onda de tristeza.

O pensamento que a havia perturbado antes saiu de sua boca antes que pudesse conter. — Eu achei que ela ia ficar feliz por mim. Porque eu disse que você me trata bem… achei mesmo que ela ia ficar feliz por mim. Mas ela me chamou de burra… — sua voz soou quase quebrada, porque ela havia passado a vida toda tentando ter o amor de sua mãe. Hanbyeol tinha muito para dar… talvez tivesse sido diferente se não tivesse crescido n'O Instituto. Seus avós a teriam amado?

— A gente pode mesmo não ver mais ela? Toda vez que ela me visita, eu fico com dor… — limpou o rosto, tentando engolir o choro porque Nagi a deixava estupidamente falante e vulnerável. Duvidava que ficaria mesmo sem ver a mãe, queria mesmo aprovação dela. Mas precisava de um tempo. — Acho melhor a gente ir pro rio agora. Deve ter caído sal no meu olho — era a pior desculpa que ela poderia inventar enquanto limpava o rosto.

Mas sabia, só precisava de um pouco mais de tempo perto dele. Esqueceria Hara Seo e todas as feridas que se abriam sempre que a via.

— Não sei, mesmo que a gente tente, eu ainda acho que não vai ser possível resistir. — riu-se com suavidade. Não estava mesmo entendendo o subtexto daquela conversa, mas talvez, quando acontecesse, ela se sentisse positivamente surpresa com as ideias do príncipe. Até que vinha acontecendo com bastante frequência.

A ideia de ir com ele para perto do rio lhe agradava. Realmente estava um tanto empolgada em ver se era verdade os mitos de que alguns lugares brotavam com água quente naquela ilha. Ao menos era o que os empregados vinham dizendo. — Tudo bem. Vamos, hm? — inalou o ar salgado junto do cheiro do mais velho. — Gostei mesmo dessa ideia.

Os carinhos de Nagi em sua face a fizeram corar. Concordando calmamente com o que ele dizia. Sim. Estava pronta para irem até o rio. — Tem mesmo um rio com água quente aqui? E é muito quente para banhar no verão ou a gente pode ir? — sua voz carregava curiosidade genuína. Ela realmente poderia encher Nagi com as perguntas mais inocentes e surpreendentes enquanto, simplesmente, havia acabado de provocá-lo daquele modo?

Deixou um beijo rápido e sutil em seus lábios antes de sair da água e colocar o roupão, esperando por Nagi. O observando nu fora da água com um sorrisinho travesso, bochechas vermelhas. — Acho que é verdade, você tem todo o direito de ser narcisista. — riu baixinho, pegando a camisola e o prendedor de cabelo para irem. O tecido fino do roupão colado em seu corpo, ensopado. — Então… o que você gostava de fazer por aqui? Ou não vinha antes de casar?